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A busca pelo corpo perfeito
Muita gente tem alguma insatisfação com o próprio corpo. E isso é normal. No entanto, também é muito comum encontrar pessoas que buscam por um inalcançável corpo perfeito. E, se formos parar para pensar, não existe um único corpo perfeito.
Claro, a cada geração é possível identificar padrões de beleza que foram e são mais buscados e são entendidos como mais belos. Mas essa percepção muda de acordo com a cultura, com a época e com as influências de quem avalia.
Para mulheres mais velhas, da geração baby boomer, nascidas nos anos 50 e 60, o padrão de beleza – e, assim, o corpo perfeito – modificou-se radicalmente de uma década para outra. Enquanto nos anos 50, após o surgimento da boneca Barbie e da revista Playboy, havia uma procura incansável por um corpo curvilíneo que se assemelhasse ao contorno de uma ampulheta, nos anos 60 a cultura hippie veio trazendo uma mulher com um jeitão um pouco mais masculino e com poucas curvas, iniciando a ditadura da magreza.
A geração X já veio para se espelhar nos exemplos dos anos 70 e 80, que também apresentaram padrões bastante diferentes. Na década de 70, com a cultura disco ganhando força, o cabelo mais armado tomou as pistas de dança. Mas o corpo precisava continuar esbelto, para que as roupas coladas caíssem bem. Já nos 80, com a chegada das supermodelos, as pernas longas e um visual esguio passaram a ser os mais procurados.
A geração Y buscou suas referências nos anos 90 e na década de 2000. Enquanto no final dos anos 80 a mulher esguia começava a ficar malhada, com a disseminação de vídeo aulas em VHS para se exercitar em casa, os anos 90 foram responsáveis por achatar, literalmente, o corpo perfeito. Com o aparecimento de modelos e atrizes magras e de baixa estatura, o visual longilíneo foi perdendo força. Por ser um padrão de mulheres muito pequeninas, começou a preocupação com a saúde e distúrbios alimentares. Dessa forma, nos anos 2000, vimos aparecer figuras mais saudáveis. Não que a busca por um corpo mais magro tenha encerrado, mas ele aparece associado a uma grande preocupação com a saúde, tornando o corpo ideal um pouco maior e, talvez, um pouco mais natural.
A nova geração, agora já crescida, também tem as suas próprias referências. A preocupação com a saúde se tornou ainda maior e o que passamos a ver foi a ditadura do fitness entrar em cena. A preocupação com a definição do corpo e a nova busca por mais curvas está, mais uma vez, modificando o que é chamado de corpo ideal.
Entre as mais jovens, que viram a sua popularidade crescer com as redes sociais e fotos compartilhadas a todo momento, uma aceitação maior do corpo é mais frequente, até porque, ao compartilharem, podem receber a validação dos seus pares, o que contribui para o crescimento da autoestima.
Acho que já deu para ver que o corpo ideal, na verdade, não existe. Os padrões de beleza variam e as buscas se alteram. Então, o corpo ideal é o seu corpo quando você o aceita e se mantém saudável, com qualidade de vida. Acredita-se que um tratamento cirúrgico estético realizado com expectativas realistas pode gerar uma melhora significativa na autoestima e, consequentemente, na qualidade de vida dos pacientes.
Fonte: tempocirurgiaplastica.com.br/
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